ABSTRACT
O objetivo do presente estudo foi comparar e discutir as percepções de gestores e não-gestores do serviço público, com e sem experiência com teletrabalho, a respeito dessa modalidade de trabalho adotada compulsoriamente em resposta à pandemia da COVID-19. Participaram 1.749 trabalhadores (26% gestores), sendo 52% sem experiência em teletrabalho. A coleta de dados ocorreu nos primeiros meses da pandemia (abril a junho de 2020), a partir de uma pergunta indutora sobre os sentimentos em relação ao teletrabalho. Foi realizada análise de classificação hierárquica descendente no Iramuteq. Foram encontradas diferenças na percepção do teletrabalho de quem tinha ou não experiência com a modalidade remota, bem como diferenças nas percepções de servidores e gestores, sendo acrescidas a estes últimos preocupações com suas equipes. A discussão apresenta implicações para o serviço público e indicações de estudos futuros.
The aim of this study was to compare and discuss perceptions of public service managers and non-managers, with and without experience working remotely, in regards to the compulsory remote work adopted in response to the covid-19 pandemic. A total of 1,749 workers participated (26% managers), 52% of them with remote work experience. Data were collected during the first months of the pandemic (April to June 2020), based on an open question about their feelings about working remotely. We applied descending hierarchical classification on the Iramuteq software. Differences were found in the perceptions about working remotely among those with remote work experience and those with no experience, as well as differences in the perceptions of non-managers and managers who, in addition, were concerned about their teams. The discussion has implications for the public service and points to the need for further studies.
El objetivo del presente estudio fue el de comparar y discutir las percepciones de gestores y no gestores del servicio público, con y sin experiencia en teletrabajo, sobre el tipo de trabajo adoptado obligatoriamente en respuesta a la pandemia de COVID-19. Participaron 1.749 trabajadores (26% gestores), 52% sin experiencia con el teletrabajo. La colecta de datos ocurrió en los primeros meses de la pandemia (abril a junio del 2020), a partir de una pregunta inductora sobre los sentimientos en relación al teletrabajo. El análisis de clasificación jerárquica descendente se realizó en el programa Iramuteq. Fueron encontradas diferencias en la percepción del teletrabajo de quien tenía o no experiencia con la modalidad remota, así como diferencias en las percepciones de no gestores y gestores, siendo agregadas a estas últimas preocupaciones con sus equipos. La discusión presenta implicaciones para el servicio público e indicaciones de estudios futuros.